Trata-se de uma mudança de mentalidade interessante se tivermos em conta que o "Pai da PlayStation", Ken Kutaragi, sempre foi apologista da melhor tecnologia disponível para a PlayStation.
Será que isto quer dizer que a próxima PlayStation não será uma consola tão potente como se espera? Irá a Microsoft ou a Nintendo ultrapassar a consola da Sony em termos gráficos?
Para ele a Sony poderá não investir tanto em criar uma consola de raiz, tal como aconteceu com a PS3, quando a companhia ajudou a desenvolver o processador Cell e adquiriu parcialmente a fábrica do Cell.
Asif Khan deu o exemplo da NGP para aquilo que poderemos esperar da PS4, referindo que se os mais recentes rumores de que a RAM da NGP teria sido cortada para metade forem mesmo verdade, pode vir a ser um indicador de que o hardware da PS4 venha a ser menos impressionante do que o da PS3, quando a consola foi lançada.
Para ele quem sai a ganhar com isto tudo são os consumidores e as editoras e produtoras third party acabando por ser um mau negócio para as fabricantes.
Cole disse que a Sony não se vai apressar em lançar a PS4, e que isso só será feito quando tiverem a certeza de que o hardware é rentável. Para ele a Sony até pode ganhar uma certa vantagem se a Microsoft e a Nintendo lançarem primeiro as suas consolas, uma vez que a companhia japonesa poderia lançar uma consola mais potente que a concorrência a um preço competitivo.
Ele referiu também que tanto a Nintendo como a Microsoft têm uma forma de pensar muito semelhante, onde para eles não faz muito sentido terem um grande lançamento inicial numa nova consola.
Por seu lado Jesse Divnich, analista da EEDAR, acredita que a próxima geração vai-se focar mais nas funcionalidades e menos nos gráficos. Para ele os consumidores estão a começar a preferir a funcionalidade, simplicidade e a integração de entretenimento cruzado.
Divnich conta que a PS3 está a ser publicitada como a consola mais potente do mercado, mas que não é por isso que é a mais jogada, dando os exemplos da Xbox 360, que com o Xbox Live oferece uma robusta integração de entretenimento cruzado, e dos telemóveis e redes sociais, que permitem aos consumidores jogarem aos jogos quase que instantaneamente.
Como tal ele acredita que a PS4 vai-se focar mais na integração de componentes online e na oferta de entretenimento cruzado, do que num passo gigantesco no processamento de gráficos.
Na visão de Divnich na próxima geração de consolas deverão ser criadas plataformas que estejam em uso permanente independentemente da forma de entretenimento.
Divnich referiu que o mercado de telemóveis tem crescido de uma forma astronómica por causa da sua visibilidade e acessibilidade. Para ele neste momento nas consolas existem muitas barreiras, dando como exemplo o facto de que se quiser comprar um jogo na PSN, terá que fazer o carregamento da store, procurar pela store e esperar pelo menos uma hora para descarregar um jogo.
Para ele a Xbox 360 oferece um serviço com melhor acessibilidade, uma vez que muitos consumidores conseguem estar a ver o Netflix, o Hulo, ou jogar jogos online, e que isso é uma boa explicação para que a plataforma Xbox Live tenha tido um pouco mais sucesso que a PSN.
Por fim, para Michael Pachter, analista da Wedbush Securities, ainda é cedo demais para especular, e que até lá muita coisa pode mudar.
Para ele a Sony começou a desenvolver a PS4 quando a PS3 foi lançada, e que se sentiram obrigados a divulgar o desenvolvimento da nova consola por causa da Project Cafe.
Pachter acrescentou também que a companhia não irá falar das especificações finais tão cedo, por isso para ele, para já, é impossível saber o que irão fazer.
E para vocês quem sairá vencedora na próxima geração?
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